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Rede de Solidariedade: projeto da UFRGS auxilia comunidades carentes no enfrentamento ao coronavírus

Uma rede que nasce em decorrência de uma pandemia. Assim, em meio ao combate à Covid-19, que o projeto ‘Rede de Solidariedade com e pela comunidade contra o coronavírus (Solicom)’ surge em Porto Alegre para auxiliar as comunidades do Morro Santana e Glória - Cruzeiro Cristal no enfrentamento ao vírus.

Desenvolvido por cerca de 30 estudantes e 60 professores e pesquisadores da UFRGS, a iniciativa propõe ações ordenadas para que as comunidades consigam se prevenir no combate ao coronavírus. O projeto atinge quase 300 mil pessoas (de acordo com dados censitários) e é construído a partir da comunidade, diante das potencialidades e fragilidades que ela apresenta. “Cada docente da Universidade aplica a sua área de conhecimento de acordo com a necessidade do local. Por exemplo, a Faculdade de Farmácia produziu e distribuiu álcool gel com orientações, seguindo o padrão farmacêutico, de como utilizar o material de maneira eficiente na comunidade; o Serviço Social organizou um Posto de Coleta de alimentos e produtos de higiene para atender a alta demanda diante do isolamento social”, enumera Denise Bueno, uma das coordenadoras do projeto.

Parcerias com a indústria buscam a doação de embalagens e outros professores trabalham na criação de vídeos que expliquem sobre a maneira correta de prevenção à Covid-19, tudo adaptado para as comunidades. “A comunidade valida o material e solicita outros, tudo realizado com o apoio dos alunos”, salienta Denise.

A comunicação e a logística é feita remotamente, de maneira online, preservando a segurança de servidores, estudantes e a população das comunidades. As parcerias são ativadas por meio de centrais de trabalho remoto. “Nós estamos aprendendo muito com eles, e vice-versa. É fundamental atuarmos com as comunidades porque se trata de uma população vulnerável, que está no topo da lista de risco por conta dos determinantes sociais”, lembra Denise.

A UFRGS desenvolve atividades nessas comunidades há alguns anos, como estágios, aulas e projetos de pesquisa e extensão voltados ao combate à desigualdade social. “O momento, agora, é de fazer a diferença. São 13 cursos da área da saúde envolvidos no cotidiano destas comunidades entre eles podemos citar a formação em Biologia, Biomedicina, Enfermagem, Educação Física, Farmácia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Saúde Coletiva, Serviço Social, dedicados a entender as fragilidades e acolher as necessidades”, frisa a professora, reforçando que, mesmo com o distanciamento social, é possível agir. “Não podemos abandonar as comunidades a sua própria sorte. Enquanto Universidade, nos cabe fazer a diferença na qualidade de vida dessas pessoas e diminuir drasticamente o número de casos de Covid-19 nesses locais”.

Denise Bueno – atua nas áreas de Farmácia Hospitalar e Saúde Coletiva, principalmente nos seguintes temas: assistência farmacêutica, SUS, integralidade em saúde, atenção primária à saúde e estudos de utilização de medicamentos.


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